Geralmente, quando nós lemos a palavra agricultura, automaticamente pensamos em grandes fazendas fora do perímetro urbano de nossas cidades, correto? Pois saiba que o plantio e criação de animais está cada vez maior nas cidades. Atualmente, este conceito não está mais restrito ao cultivo de espécies alimentícias, mas também engloba arborização urbana, jardins, plantas ornamentais e toda a biodiversidade animal à ela associada. A agricultura urbana pode ser praticada de várias formas e por diversas pessoas, podendo ser formal ou informal; individual ou familiar; particular ou pública, sendo ou não organizada por associações ou ONGs.
Com as mudanças climáticas e diversas crises que enfrentamos, esse modelo veio para ficar, uma vez que apresenta vantagens econômicas, sociais e ecológicas. No âmbito de bem-estar da população, podemos citar um aumento na segurança familiar e melhoria na nutrição principalmente daqueles que vivem em comunidades carentes, o que pode acarretar em ambientes mais limpos e consequentemente reduzir a disseminação de doenças. Além disso, auxiliam na conservação dos recursos naturais, amenizam as famosas ilhas de calor, reduzindo a temperatura dos ambientes urbanos; aumentam polinização e dispersão de sementes e a possibilidade de captação de água da chuva e drenagem pluvial. Por fim, os ambientes de agricultura urbana também geram empregos e são muito importantes para grande parte do mundo.
No Brasil, desde 1990 existem iniciativas públicas e privadas voltadas à arborização com o uso de espécies nativas e implantação de hortas comunitárias. A maior parte delas é mais voltada ao cultivo no solo, tanto em sistemas mais convencionais quanto em agroecológicos.
Vale ressaltar também que o maior contato das pessoas com a natureza pode ser aproveitado como atividade de educação ambiental e traz benefícios terapêuticos.
Arte: Daniela Brustolin Texto: Flávia de Camargo M. Gomor
Pesquisa: Giovana Guimarães; Texto Instagram: Aline Freiria dos Reis
Raphael Martins
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLISKA JÚNIOR, Antonio; BLISKA, Flávia Maria de Mello; MARY, Wellington; Demandas tecnológicas na agricultura urbana intensiva. In: TECCOGS – Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, n. 20, jul./dez. 2019, p. 77-95. Disponível em:https://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2019/edicao_20/teccogs20_artigo03.pdf. Acesso em: 16 nov. 2021.
CALDAS, Luíza Costa; CHRISTOPOULOS, Tania Pereira. Aspectos do capital social em iniciativas de agricultura urbana em São Paulo. In: XXII Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente da FEA/USP, 2020, São Paulo. p. 1-12. Disponível em: https://engemausp.submissao.com.br/22/arquivos/622.pdf. Acesso em: 14 nov. 2021.
MACHADO, Altair Toledo; MACHADO, Cynthia Torres de Toledo. Agricultura urbana – Planaltina, DF : Embrapa Cerrados, 2002. 25 p.— (Documentos / Embrapa Cerrados, ISSN 1517-5111; 48). Disponível em: https://ciorganicos.com.br/wp-content/uploads/2016/10/Agriurbana-EMBRAPA.pdf. Acesso em: 15 nov. 2021.
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