Você sabia que hoje, 05 de novembro, é comemorado o dia da ciência e da cultura? A data surgiu em 1979 como forma de homenagear Rui Barbosa e estimular as expressões culturais e científicas por todo o Brasil. Ao contrário do que se imagina, ciência e cultura não são conceitos opostos, mas sim, ideias, que quando unidas, podem trazer frutos muito positivos à todos.
Mas como elas se relacionam? Ambas estão ligadas por meio da produção de conhecimento e são primordialmente pautadas na criatividade do ser humano, dependendo da nossa curiosidade e vontade de aprender para se manterem. A diferença reside no como. A produção de conhecimento científico está ligada a uma série de técnicas e metodologias que podem ser replicadas, enquanto a cultura, é o resgate de crenças, artes e hábitos compartilhados entre indivíduos de uma mesma sociedade. Juntas, ciência e cultura tem o poder de tirar as vendas da sociedade, expondo nossos padrões de comportamento, prioridades e capacidade de resolução de problemas. Por meio dessa junção é que iremos fazer com que a sociedade se sinta de fato parte do planeta e atue de forma ativa para melhorá-lo. A união da ciência e da arte, por exemplo, pode ser uma excelente ferramenta para despertar a curiosidade das crianças e auxiliar na divulgação científica! Porém, não pense que essa associação é algo utópico. Muito pelo contrário, temos exemplos vivos do que a junção entre ciência e cultura podem conquistar.
A ideia inicial do projeto TAMAR surgiu em 1970, quando estudantes, que faziam uma expedição por locais inóspitos, presenciaram a matança de tartarugas marinhas em época de desova. À partir desta denúncia, surgiu o projeto TAMAR, que desde seu início contou com a colaboração das pessoas que viviam na região de desova das tartarugas. O que começou com trabalhos de conservação acabou sendo responsável pelo desenvolvimento da região, que hoje tem grande parte de seu sustento na confecção e venda de produtos relacionados ao projeto. Já a Rede de Sementes do Xingu teve uma história diferente, na qual os conhecimentos milenares e comércio de sementes realizados entre os indígenas auxiliaram no reflorestamento das cabeceiras dos rios da região. A rede foi estabelecida com o auxílio do Instituto Socioambiental (ISA) e atualmente conta com os povos indígenas, ribeirinhos e agricultores.
Seja por meio da conservação ou da divulgação científica, uma coisa é clara. Não podemos encarar a ciência como algo frio e distante. Temos que torná-la tópico presente no nosso dia a dia, incorporando-a da melhor forma possível aos nossos costumes, crenças e artes.
Artes: Daniela Brustolin Texto: Flávia de Camargo M. Gomor
Pesquisa: Giovana Guimarães; Texto Instagram: Flávia de Camargo M. Gomor
Marcella Pires;
Raphael Martins
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REIS, Jessyca de Alcântara et al. A Educação Ambiental e a Preservação das Tartarugas Marinhas. Pesquisa & Educação a Distância, fev. 2015. Disponível em:http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=2013EAD1&page=article&op=view&path%5B%5D=3604. Acesso em: 02 nov. 2021.
SILVA, Polliana. Cooperação Brasil e Noruega em Meio Ambiente e Sustentabilidade:: análise da rede de sementes do xingu. 2017. 76 f. TCC (Graduação) - Curso de Relações Internacionais, Centro Universitário de Brasilia, Brasília, 2017. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/11807/1/21484364.pdf. Acesso em: 28 out. 2021.
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ciência e cultura, o que elas têm em comum? 2012. Disponível em: http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/27712quebraciencia-e-cultura-o-que-elas-tem-em-comum/. Acesso em: 30 out. 2021.
XAVIER, Mayara. Dia da ciência e cultura. 2020. Fundação Comunidade da Graça. Disponível em: https://www.fcg.org.br/blog-fundacao/426-dia-da-ciencia-e-cultura. Acesso em: 29 out. 2021.
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